A Bolsa de Valores de Moçambique (BVM), reforçou
os mecanismos de auditoria e gestão interna, compliance e boa governação corporativa, no quadro das medidas tendentes ao combate ao crime de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo no país.
A garantia foi dada pelo Presidente do Conselho de Administração da BVM, Salim Cripton Valá, durante a XVIII Conferência Anual do Sector Privado (CASP), que decorreu em Maputo, de 21 a 23 de Junho do corrente ano.
“Perante o perigo iminente, nos últimos anos, temos reforçado os mecanismos de auditoria e controlo, gestão de risco, compliance e boa governação. As sociedades anónimas são obrigadas a registar-se na Central de Valores Mobiliários (CVM), reforçando deste modo os valores de integridade, credibilidade, confiança e transparência nas transacções envolvendo valores mobiliários”, disse Salim Cripton Valá.
A BVM conta, actualmente, com 13 empresas cotadas e uma capitalização bolsista de 177.664,22 milhões de meticais, representando 26 por cento do Produto Interno Bruto (PIB); 249 títulos; e 25.110 titulares registados na CVM.
Num outro desenvolvimento, o PCA da BVM apontou que os desafios enfrentados são enormes, daí que a instituição tem estado a implementar reformas inovadoras com vista à identificação de transacções suspeitas e, igualmente, estar em consonância com outras instituições congéneres internacionais.
A XVIII Conferência Anual do Sector Privado, um evento de três dias, decorreu sob o lema: “Transformação, Inovação e Sustentabilidade para Competitividade Industrial”.
Num outro evento, ocorrido no dia 21 de Junho, Salim Cripton Valá foi convidado a abordar: “O apoio das organizações do sistema das Nações Unidas, do sector privado e da sociedade civil no fortalecimento das instituições nacionais e implementadoras das políticas de comunicação para o desenvolvimento”, durante a primeira Conferência Internacional sobre Comunicação para o Desenvolvimento, co-organizada pelo Gabinete de Informação (GABINFO) e Instituto de Comunicação Social (ICS).
Na ocasião, Valá disse que o ICS deve forjar parcerias fortes, que contribuam para a promoção da comunicação para o desenvolvimento.
Neste sentido, deixou ficar quatro mensagens que podem servir de base orientadora para a materialização deste desiderato: “I – A juventude hoje não conhece o papel e a relevância do ICS, e Moçambique é um país jovem e de jovens; II – Os sucessos e resultados positivos alcançados no passado não garantem, por si, os sucessos no presente e no futuro, mas podem iluminar e inspirar. É vital reinventar e reenergizar o ICS e adequá-lo ao novo contexto”.
Apontou ainda que “III - O lugar e o papel do ICS na comunicação para o desenvolvimento não foi grandemente ocupado pelas novas TIC’s. E ainda há muitas oportunidades que o ICS pode explorar no presente e no futuro; e, por fim, IV - O ICS tem de perceber o que pode vender ao mercado, porque tem valor, entender o que o mercado pretende e adoptar uma abordagem de via dupla (orientar-se pela oferta, mas também pela procura). O ICS pode estabelecer parcerias com o Banco de Moçambique, BVM e ISSM na implementação dos seus programas de educação financeira. A nossa recomendação é que apostem na digitalização”.
Dados actuais indicam que a taxa de bancarização ronda os 34 por cento; a taxa de inclusão financeira é de 48 por cento; e a da penetração de seguros está fixada em 1.96 por cento.
Fotos do Evento